Protesto de motoboys fecha o trânsito em cruzamento da capital

 



Um protesto dos motoboys marcou a tarde desta segunda-feira (14), na capital para chamar a atenção das autoridades e exigir uma política mais rigorosa contra a imprudência no trânsito  





Da redação

              O grupo se reuniu no bairro Rebouças, local onde, no sábado passado (12), um Volkswagen Fox, de cor branca, desgovernado, que vinha pela Rua Nunes Machado, atravessou os canteiros da Avenida Sete de Setembro e atingiu em cheio o motoboy Mozart Pavoni Martins Júnior (32), que estava fazendo a sua última entrega da madrugada. A motorista do veículo, além de não prestar socorro, evadiu-se do local.

        (Foto: Reprodução/ RIC Record TV)

Martins teve fraturas nas duas clavículas, osso externo do peito, além de fraturas expostas na perna e no braço. Ele está internado no Hospital Cajuru, onde passou por uma série de cirurgias. Seu estado é estável, porém a sua recuperação deverá levar meses.

     Fotos: Willy Schumann

“A gente quer que a justiça seja feita, que as leis sejam mudadas para acabar com a impunidade”, desabafa Fábio Canquerino - conhecido pela alcunha de Shrek Motoboy - da União dos Motoboys de Curitiba e um dos organizadores do protesto. “Tem muita gente bebendo no trânsito. Não está tendo blitz no turno da noite, então a situação está bem complicada pra nós. Esse é mais um protesto pra ver se alguém enxerga a gente, enxerga a classe que está sendo tão procurada nessa fase de isolamento social. A gente trabalha mais do que nunca nessa pandemia. Precisamos ser ouvidos e olhados pelas autoridades.”, desabafa Shrek que também já foi vítima de motoristas incautos.



“Esse protesto é contra os motoristas imprudentes, bêbados e drogados que estão matando nossos colegas e deixando outros paraplégicos.”, comenta Felipe Tiago Siqueira, vice-presidente da Associação Motoboys do Bem. Segundo ele, somente nesse ano, os motoboys foram vítimas de aproximadamente 80 acidentes, sendo que sete foram fatais. “A gente procura dar uma assistência para aqueles que não poderão mais pilotar as suas motos e hoje amargam em cadeiras de rodas.”, relata Siqueira. “Que a justiça seja mais rigorosa com motoristas irresponsáveis que estão ceifando a vida dos trabalhadores.”, finaliza ele.



 

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