Nossa entrevistada é Marilis de Assis, poeta curitibana, formada em Naturoterapia, com ênfase em Terapias Orientais, desenvolvendo o trabalho de Massoterapia, Florais e Reiki.
Autora dos livros Tratado de
Amor, Minha Biografia e O Jardineiro da Rosa Vermelha, participação nos
Parnasos Poético I,II,III e IV, e Conexão Feira do Poeta V e VII, Mulherio das
Letras Portugal, Mulherio Das Letras Na Lua, Ebook
Melhores Poemas, Ebook Mulheres Poetizam- Revista Carlos Zemek.
Sensível ao mundo
espiritual, seus poemas falam de paixão, magia e eternidade.
Marílis, segundo sua percepção esta época de pandemia é boa ou ruim para
a criação literária? Você se sente mais ou menos inspirada?
A pandemia mexeu muito com o nosso
emocional, é um período de distanciamento, de não poder sair de casa e não
abraçar quem amamos. Está sendo um momento de reflexão profunda, de
ressignificação coletiva.
Portanto, um momento de criação muito
grande, nos enfrentamos, nos separamos e ficamos juntos, porque o dia a dia
sufoca, você sai de manhã e volta à noite, não há troca relacional.
A pandemia tem um caráter ambíguo, é
boa e ruim, trazendo novos aprendizados para a humanidade.
É boa porque estamos repensando no
tempo e nas relações, ao mesmo tempo é ruim, por que tem muitas perdas e muito
sofrimento.
Eu fiquei mais inspirada, senti uma
necessidade de pôr para fora o que estava sentindo, de compartilhar uma vontade
muito grande: de pôr a vida em dia.
“Nunca se precisou tanto de poesia, como ferramenta de combate ao excesso de realidade virtual. A vida sem poesia é uma vida triste."
Quando iniciou seu interesse pela
poesia?
Eu sempre gostei muito de ler e a
poesia veio como forma de expressão.
Minha veia de autora desabrochou há uns
25 anos, quando comecei fazer Oficina de Poesias na Universidade Tuiuti do
Paraná, com a Professora e Poetisa Roza de Oliveira.
Você gosta de interpretar poemas? Como
se sente declamando?
Gosto muito, mas como sou tímida, eu me
sinto um pouco exposta, rsss, me dá uma certa ansiedade, mas o prazer de ler
uma poesia minha supera este receio.
“É preciso ler, escrever, transmitir, compartilhar sentimentos.”
Vamos falar sobre títulos. Na sua
opinião um poema precisa de título ou considera o título supérfluo? Como faz
para escolher os títulos dos poemas?
Eu gosto de títulos, acredito que
empodera o poema, mas entendo que cada um tem sua percepção, e se o poeta não
sentir falta de título, em sendo a poesia livre, tudo é válido.
Eu escolho os títulos de acordo com o
tema e o sentimento que eu quero expressar.
“A poesia resiste ao tempo. Atemporal, eterniza os sentimentos humanos.”
Marílis, alguns falam que a Poesia não
tem utilidade prática que não serve para o mundo de hoje. Qual a sua opinião?
Eu não concordo. Poesia é arte, paixão,
é entrega, manifesto, transcendência.
Acho que nunca se precisou tanto de
poesia, como ferramenta de combate ao excesso de realidade virtual. A vida sem
poesia é uma vida triste.
É preciso ler, escrever,
transmitir, compartilhar sentimentos.
A poesia resiste ao tempo. Atemporal,
eterniza os sentimentos humanos.
Se você fosse obrigada a escolher um
poema de sua autoria que represente o seu estilo, a sua voz poética, qual
escolheria? (Escrever o poema na continuação)
Eu escolho Retorno, que está no meu
primeiro livro e que escrevi em uma fase de muita busca de autoconhecimento, de
identidade, busca da razão das coisas. .
Retorno
Sou a Senhora do Tempo
Trago minha saga
Meio bruxa, meio maga
Meio fada
Senhora do tempo
Que da vida não sabe nada
Trago o meu amor envolto em seda
Revelo a todos que fui Ísis, fui Zara
Iansã
Renascendo com o sol a cada manhã
Á noite durmo sem certeza do amanhã
São tantos caminhos
Breves carinhos, bocas se beijam
Corpos que se enlaçam
Corações que se entrelaçam
Num único pulsar
No ritmo do amor se desafina
Surge a dor
Estou de volta
Busco Hórus Saion
Ogum
O amor dentro de cada um
Fazer bater de novo
Para acalmar a solidão
Que protesta em rebelião
Em sintonia com o teu
O meu disritmado coração
Marílis de Assis Fragmentos do meu
livro Tratado de amor minha biografia
Fale um pouco sobre o seu trabalho como
terapeuta. Você indica a leitura de poemas para seus pacientes?
O meu trabalho vem de uma busca
interior de compreensão de que somos mais que um corpo, que temos um propósito
a cumprir, na minha profissão identificado em ajudar as pessoas a encontrarem
seu processo de cura, auxiliar na caminhada do enfrentamento da doença.
Eu trabalho há 21 anos com terapias
holísticas: Massoterapia, Reiki, Terapia Floral e Cromoterapia, sendo que cada
terapia desempenha um papel importante como alternativa natural para auxílio na
cura.
A Massoterapia traz alívio para as
dores físicas e emocionais. O Reiki serve para despertar a espiritualidade,
promover bem-estar e equilíbrio. Terapia Foral é o medicamento da alma. A
Cromoterapia complementa os mais diversos tratamentos com o poder curativo das
cores.
Todas terapias englobam um conjunto de
saberes, auxiliares da Medicina tradicional
Super indico poesia para os meus
pacientes, para despertar a sensibilidade através da leitura e buscar o
autoconhecimento.
Quais são os seus projetos para o
próximo ano?
I - Lançar um novo livro que já está pronto,
é a continuação do Jardineiro da Rosa Vermelha, com os personagens vivendo uma
nova vida(Reencarnação).
II - Quero me dedicar mais à escrita,
talvez escrever contos
III - Com a pandemia veio uma vontade muito grande de viver
intensamente, quero conhecer coisas novas, deixar fluir, ver o que a vida tem
para mim.
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