Dirigentes e docentes reuniram-se, no início do mês de abril, para a comemoração dos 25 anos de início das atividades do UniBrasil Centro Universitário.
Tudo começou no ano 2000. O Brasil comemorava os
quinhentos anos do descobrimento, já se vislumbrava no horizonte o
século XXI e o país vivia já mais de uma dezena de anos experimentando,
depois dos duros anos de chumbo, as delícias e dificuldades do regime
democrático numa formação social com imensos desafios e em eterna
construção. A sociedade era à época e continua a ser, apesar de todos os
avanços, profundamente desigual, apresentando graves déficits no que diz
respeito à satisfação dos direitos fundamentais. Daí o papel fundamental
de uma instituição universitária comprometida com o país, com a
cidadania, com o desenvolvimento econômico, com o adequado preparo
profissional da juventude, com a ciência e a cultura. Esses foram sempre
os propósitos qualificadores da posição privilegiada da instituição no
terreno do ensino superior da nação.
O nome, Brasil, depois UniBrasil, veio deste compromisso e, também,
como homenagem a esta admirável terra tropical e à sua gente laboriosa.
Uma homenagem, também, àquilo que Darcy Ribeiro, com rara felicidade,
chamou de civilização brasileira, a Nova Roma, o país que, um dia, mercê
do preparo e diversidade de seu povo, fará a diferença na comunidade
internacional.
2
Lá atrás, os fundadores da instituição vislumbravam o futuro e sonhavam
com o que parecia inatingível. Quintana, naquele tempo de aspirações,
lutas e angústias, com seu verso preciso, esquentava os corações. No belo
poema Utopias, escreve o poeta gaúcho: “Se as coisas são inatingíveis
...Ora!/Não é motivo para não querê-las.../Que tristes os caminhos, se não
fora/A presença distante das estrelas”.
Queriam, os fundadores, uma instituição erigida a partir de valores
compartilhados, um ensino superior, com o perdão do trocadilho,
superiormente qualificado, uma formação profissional diferenciada para
os jovens paranaenses, a construção de um projeto dotado de força para
proporcionar orgulho para a fértil comunidade formada por
colaboradores, professores, servidores e alunos. O próprio campus
deveria ser autêntico, funcional e agradável. A instituição haveria de
contar um campus horizontal, vasto, com espaço para caminhar, respirar,
ouvir o canto dos pássaros e estudar sob a sombra de frondosas árvores.
A logomarca adotada denuncia as escolhas feitas. Há sobre o nome, uma
linha representando o horizonte infinito e uma estrela, uma única estrela,
a mais importante de todas, a guiar a caminhada dos universitários, a
estrela do conhecimento. Um famoso poema de Helena Kolody, preciso e
verdadeiro, serviu de inspiração para a criação da logomarca. Creio não
ser preciso repetir os versos. Melhor, por que não os declamar uma vez
mais? - “Deus dá a todos uma estrela/Uns fazem da estrela um sol/Outros
nem conseguem vê-la.” Para a instituição, o sol referido no inspirado verso
de Helena, é o aprendizado. O saber orienta o caminhar do sujeito que
atravessa as incertezas do mundo da vida. Aqui está o incomensurável
papel do ensino, do conhecimento e, portanto, da sagrada relação
professor/aluno.
Foram anos de luta, muita luta. A instabilidade econômica do país e os
equívocos de alguns gestores à frente do Ministério da Educação,
dificultaram a trajetória das instituições sérias. A queda do poder
aquisitivo da população e do emprego durante alguns anos, a nem sempre
adequada regulação do ensino superior e a concorrência predatória,
trouxeram embaraços ao crescimento, constrangendo o incansável
trabalho dos colaboradores.
A caminhada, todavia, continua, com avanços e recuos e, apesar de
desafiante, tem sido gloriosa. O UniBrasil, passados vinte e cinco anos de
3
sua fundação, ostenta um nome respeitado, as avaliações são eloquentes
ao demonstrar excelência do seu projeto acadêmico, tendo obtido Nota 5,
máxima, no seu credenciamento enquanto Centro Universitário e os
cursos que oferece, presenciais ou à distância, apresentam resultados
admiráveis.
O UniBrasil possui, hoje, um campus extenso, agradável e lindíssimo. Mas
os tijolos são apenas tijolos. O que importa é a gente, o ser humano, o
professor, o servidor e o aluno. Um país é feito com mulheres, homens e
livros. Uma universidade também. São as almas nobres que conferem
nobreza ao mundo acadêmico. O cimento proporciona apenas o espaço
para a reunião dos competentes, dos bem intencionados, dos bem
aventurados. E quanta gente boa trabalha no UniBrasil Centro
Universitário. A instituição tem a graça de contar com o labor apaixonado
de grandes professores, competentes coordenadores e um corpo diretivo
iluminado.
Acreditaram sempre, os fundadores, na potência dos colaboradores, no
compartilhamento do sonho, na realização da missão eleita, no
compromisso com a adequada formação dos jovens (muitos necessitando
demasiado de orientação), na pesquisa científica, na integridade, na
devoção aos valores mais caros, ao ensino, à extensão e, finalmente, a
este Brasil difícil e, ao mesmo tempo, encantador, que a comunidade
universitária ajuda a transformar em um país melhor.
O UniBrasil completa vinte e cinco anos de compromisso com a sua
sagrada tarefa: - ensinar. A sua gente edifica, com entusiasmo, a sua
história. A sua comunidade universitária é aberta, democrática e diversa.
Mas, ao mesmo tempo, forja corpo indissolúvel: - o todo é um. Convém,
neste ponto, lembrar, de Leminski, mago das palavras, o seu profético e
delicioso haicai: “Isso de querer ser/exatamente aquilo que a gente
é/ainda vai/nos levar além.”
Quem duvidará, não é mesmo?
via assessoria
Comentários
Postar um comentário