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Balões provocaram pelo menos 20 incêndios em Israel
Por RTP - Gaza via Agência Brasil
Israel voltou a lançar
ataques aéreos na Faixa de Gaza na noite dessa quinta-feira (17), em resposta
ao lançamento de balões incendiários por parte de ativistas palestinos
mobilizados pelo Hamas. É a segunda vez que Israel bombardeia a Palestina desde
que foi quebrado o cessar-fogo, que durou menos de um mês.
Os ataques ocorreram depois
de militantes palestinos, na fronteira de Gaza, terem lançado balões incendiários
contra território israelense pelo terceiro dia consecutivo.
Os militares disseram que
aviões de combate atingiram "complexos militares e um local de lançamento
de rockets" do Hamas em resposta aos balões, indicando que as suas forças
estão se preparando para uma “variedade de cenários, incluindo a retomada das
hostilidades”.
Segundo fontes das forças de
segurança palestinas, a Força Aérea israelense teve como alvo pelo menos um
local a leste de Khan Younes, cidade no sul da Faixa de Gaza, enclave de 2
milhões de habitantes. Não houve relatos imediatos de vítimas dos ataques.
Os bombardeios na Faixa de
Gaza foram retomados no início da madrugada de quarta-feira (16), também após o
lançamento de balões incendiários a partir de território palestino. A volta dos
bombardeios marcou o fim do cessar-fogo que durou apenas 25 dias. Este é o
primeiro ataque israelense desde que o governo de coligação, liderado por
Naftali Bennett, tomou posse, substituindo assim Benjamin Netanyahu do cargo de
primeiro-ministro, que ocupou durante mais de uma década.
As hostilidades retomadas na
madruga de quarta-feira ocorrem na sequência de uma marcha em Jerusalém
Oriental, organizada por nacionalistas judeus e que marcou a vitória do país na
guerra dos seis dias, em 1967. A Marcha das Bandeiras, ou o Dia de Jerusalém,
foi o primeiro teste para o novo governo.
Israelenses radicais desfilaram pelas ruas da
Cidade Velha, numa clara provocação aos palestinos de Jerusalém, que avisaram
que iriam retaliar e cumpriram a promessa, ao lançar balões que provocaram pelo
menos 20 incêndios em Israel.
Na quinta-feira de manhã, a
polícia israelense usou granadas de atordoamento e canhões de água para
dispersar manifestantes palestinos diante da Porta de Damasco, em Jerusalém.
Pelo menos oito palestinos foram detidos e dezenas ficaram feridos.
O cessar-fogo alcançado
pelas duas partes em 21 de maio tinha colocado um ponto final a 11 dias de
guerra no mês passado. O conflito causou 260 mortos no lado palestino,
incluindo crianças, adolescentes e combatentes, e 13 mortos em Israel,
incluindo uma criança, uma adolescente e um soldado.
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