Projeto que cria a lista da “xepa da vacina” foi protocolado na Câmara de Vereadores

 

        Geraldo Bubniak/AEN


Na tarde da última sexta-feira (18), foi protocolado na Câmara Municipal de Curitiba o projeto de lei que cria o cadastro de uma lista de espera dos interessados pelas sobras das vacinas contra a Covid-19 na capital paranaense. São as chamadas doses remanescentes das vacinas que ficaram conhecidas como “xepa da vacinação”.




Em grandes cidades, essa prática já é recorrente. São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Campo Grande e Cuiabá, já realizam a ação. A redistribuição de doses remanescentes tem como objetivo evitar o desperdício e é algo comum em campanhas de imunização, mas ganhou destaque na vacinação contra a Covid-19.

O projeto de lei é de autoria do Vereador Jornalista Márcio Barros (PSD) e possibilita que as doses remanescentes sejam aplicadas dentro do prazo de validade em qualquer cidadão que seja maior de 18 anos. O texto ainda ressalta que os imunizados com a primeira dose receberão normalmente o cartão de vacinação com a data prevista para receber a segunda dose do imunizante.

“Havendo doses remanescentes, o profissional da saúde deve acessar o cadastro e convocar imediatamente através de uma ligação telefônica o candidato que se dispões a receber a dose. Esse candidato deve comparecer ao local solicitado, com um documento oficial com foto, comprovante de endereço e uma caneta.” afirmou o vereador.

As sobras ocorrem porque as vacinas podem vir em frascos monodoses (com uma dose) ou multidoses (com várias). Nesse último caso, cada frasco de vacina dispões de dez ou até 12 doses e, uma vez aberto, o conteúdo tem que ser aplicado em, no máximo, oito horas.

Segundo o Vereador Márcio Barros, ainda não existe nenhuma regulamentação oficial sobre o uso das chamadas doses remanescentes. Por conta disso, não há uma lista de espera oficial e unificada para essa aplicação.

A Sociedade Brasileira de Imunizações afirma que a aplicação de doses excedentes deve seguir critérios de boas práticas, como transparência e registro das pessoas vacinadas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização, que faz o controle das doses aplicadas na população.

O projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e se aprovado, passará por comissões da casa e posteriormente para votação em plenário. 

via assessoria

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