A exposição “OSGEMEOS: Segredos”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), poderá ser vista pelo público a partir de 18 de setembro
Produção original da Pinacoteca de São Paulo, a mostra em Curitiba é uma parceria com o MON, apresentada pela Copel e viabilizada pelo governo do Estado do Paraná.
São mais de 850 itens, entre pinturas, instalações
imersivas e sonoras, esculturas, intervenções site specific, desenhos e
cadernos de anotações. As obras estarão na torre e na sala expositiva do Olho.
“Mais do que nunca, a arte apresenta-se aqui como
inspiração”, diz a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika. Ela comenta que
as cores, o movimento e a alegria presentes na obra d´OSGEMEOS, iluminam e nos
ajudam a fazer a travessia entre o agora e uma nova fase, pós-pandemia.
“Neste momento, em que todos focamos numa reconstrução,
seja individual ou coletiva, a arte desta genial dupla de irmãos contribui com
a nossa busca interna”, afirma. Seus traços retratam o dia a dia das grandes
cidades e suas obras nos levam a uma imersão que revela pertencimento e
identidade a símbolos locais e cotidianos, que nos conectam ao lúdico”, diz
Juliana.
A superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande
Pereira, comenta que em muitas cidades do mundo, as obras nos espaços públicos
em grandes proporções foram um respiro durante o isolamento social. “Estamos
muito felizes em receber a exposição ‘Segredos’, que sela definitivamente a
paixão do grande público por essa arte”, comenta. “É muito interessante
perceber como OSGEMEOS conseguem transitar entre a arte urbana e o museu
tornando seus desenhos cheios de representação acessíveis a todos”.
“OSGEMEOS: Segredos” é a primeira retrospectiva de grande
porte que examina a produção dos artistas desde o começo da década de 1980 até
a atualidade. “Esta é a maior exposição já produzida por eles”, comenta o
curador da mostra, Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca de São Paulo.
“Como indica o título ‘Segredos’, o objetivo da mostra é
revelar novas visões do fazer artístico d’OSGEMEOS. Objetos pessoais, como
cadernos, fotos, desenhos e pinturas que datam desde a infância dos dois irmãos
até hoje são apresentados ao público pela primeira vez, incluindo estudos e
obras de arte que precedem em muito seus famosos personagens e lançam luz sobre
as raízes de seu surgimento. Influências artísticas e colaborações são expostas
ao lado de pinturas e esculturas recentes”, informa o curador.
Os artistas
A dupla de artistas formada pelos irmãos Gustavo e Otávio
Pandolfo (São Paulo, 1974) construiu uma trajetória no mundo das artes sem
nunca ter perdido de vista o desejo de manter-se acessível ao grande público.
Esse percurso inclui a participação em mostras nas
principais instituições internacionais, como o Hamburger Bahnhof, em Berlim, em
2019, com um projeto concebido em parceria com o grupo berlinense de breakdance
Flying Steps – um dos mais premiados mundialmente; a Vancouver Biennale, Canada
(2014); o MOCA – Museum of Contemporary Art, em Los Angeles (2011); o MOT –
Museum of Contemporary Art Tokyo, em Tóquio, Japão (2008) e a Tate Modern, em
Londres, Reino Unido (2008), onde os artistas pintaram a fachada, e a Trienale
de Milão (2006), entre outros. Ao longo de sua carreira, os irmãos também
receberam convites para criar para os principais espaços públicos de mais de 60
países, incluindo Suécia, Alemanha, Portugal, Austrália, Cuba, Estados Unidos –
com destaque para os telões eletrônicos da Times Square, em Nova York (2015) –,
entre outros.
Gustavo e Otávio sempre tomaram o espaço urbano como
lugar de vivência e de pesquisa desde o início de sua produção, em meados da
década de 1980. Os artistas partiram de uma forte imersão na cultura hip hop,
que havia chegado ao Brasil no momento em que os irmãos começaram a produzir, e
da influência da dança, da música, do muralismo e da cultura popular para
desenvolver um estilo singular, com atmosfera alegre, que acabou se tornando um
emblema dos espaços urbanos pelo Brasil e pelo mundo.
Seus trabalhos contam histórias – às vezes autobiográficas – cujas tramas envolvem fantasia, relações afetivas, questionamentos, sonhos e experiências de vida. OSGEMEOS mantém seu ateliê, até hoje, no Cambuci, antigo bairro de operários e imigrantes na região central de São Paulo, no qual passaram sua infância e juventude. A partir da década de 1990, suas experimentações – não só em graffiti, mas também pintura em telas e esculturas estáticas e cinéticas – ultrapassaram os limites bidimensionais, culminando na construção de um universo próprio que opera entre o sonho e a realidade.
Serviço:
“OSGEMEOS: Segredos”
Produção original da Pinacoteca de São Paulo
A partir de 18 de setembro
Museu Oscar Niemeyer (MON)
VENDA DE INGRESSOS exclusivamente on-line, pela
plataforma Inti, mais informações aqui
Olho, Torre do Olho e espaços externos
De terça a domingo, das 10h às 18h
Comentários
Postar um comentário