Festival Literário Afro-paranaense - FLAP é realizado entre 20 e 28 de novembro

 


Evento realizado de forma online conta com programação com poesia, prosa,conto, romance, ensaio, artigos, contação de histórias afro-paranaenses, entre outras atividades

          Falada ou escrita, a palavra tem poder! Consciência negra é conhecimento. Estreia no próximo dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o Festival Literário Afro-paranaense - FLAP. Confira no site centroculturalhumaita.org a produção de poetas, autores, cronistas, rappers, contadores de histórias, palestrantes, entre outros.O FLAP é um evento realizado pelo Centro Cultural Humaita em parceria com o Coletivo Negritude UFPR. Na sua segunda edição, o FLAP promove um rico diálogo entre mestres da academia e da periferia, buscando olhar para a realidade afro-paranaense de um ponto de vista afro-centrado. “Hoje não é mais possível falar de cultura negra, sem falar do racismo científico disfarçado e escamoteado em cultura, e dessa eugenia centenária, tão marcante e presente em nosso Estado, que sempre tentou e continua tentando nos invisibilizar”, destaca Candiero, presidente do Centro Cultural Humaita e membro da REMA - Rede de Matriz Africana.A programação tem início no dia 20/11, às 10h, com diversas apresentações literárias e, às 20h, com o lançamento do e-book “Tempo é rei em Curitiba”, de Mel e Candiero, um projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura - Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. O livro “Tempo é rei em Curitiba” é uma produção da Editora Humaita, especializada em Literatura Negra e Oralidades Afro-paranaenses, e foi escrito em parceria com o coletivo Amigos da Roda de Rua da Praça Tiradentes. Disponível no site do FLAP a partir das 20h do dia 20/11, em formato e-book, o livro traz histórias curitibanas na voz de um mestre griô conectado à ancestralidade afro-curitibana, que compartilha memórias na Roda de Capoeira.No dia 21/11, às 16h, Marcel Malê lança o seu livro “[escrevedor de histórias] Edição Quilombolas”, que compõe o projeto de mesmo nome, onde foram realizadas performances/encontros em 2019 nas comunidades paranaenses Feixo, Rio do Meio, Adelaide Maria Trindade Batista, Batuva, João Surá e Água Morna. O lançamento conta com a presença de integrantes das comunidades participantes. Na sequência, às 18h, tem início “Pílulas de Inclusão”, projeto de Marcel Malê com 08 vídeos e participação de Ive Machado, Isabela Picheth, Fabíola Moraes,Gabriela Grigolom, Marcel Malê, Raíssa Negroni, Ué Prazeres, Vicente dos Santos, no canal Marcel Malê.Ao longo da semana, é realizado o Sarau das Gurias - Especial FLAP, com a poeta Gabriela, SoulDani, A+ e Camaleoa; Sarau e lançamento do livro “Sementes do amanhã no Emília de hoje”, do C. E. Emilia Buzato, sob direção do Professor Celio Jamaica; diversas palestras aprofundando temas importantes, com os doutores Ademir Barros dos Santos, da UFSCar; Cleber Fabiano, da FATUM, sobre "Critérios Para seleção de livros infantis com temática afro-brasileira”; Dejair Dionísio,de Londrina, com a palestra “Escritas pretas no Sul do Brasil: um devir”; e Sara Brown, tratando de “Literatura infantil e encantamento: afeto e representatividade na literatura para a infância”. Confira a agenda completa do evento no site centroculturalhumaita.orgO historiador e professor Leandro Meira, que realizou uma entrevista com o Professor Ademir Barros dos Santos, autor do livro “África: nossa história, nossa gente”, destaca a importância de compreendermos a realidade do negro no Brasil hoje, passando por sua história de escravidão e aprofundando o debate quanto à visão europeia frente aos povos africanos, gênese do pensamento racista que ainda persiste na sociedade brasileira disfarçada cinicamente de"democracia racial". Na aula, ministrada no dia 27/11, às 18h, o professor Ademir analisa a produção literária afro-brasileira e a necessidade de sua valorização com arma na luta pela igualdade racial no país.O rapper Luizinho LZO, de Clevelândia, o poeta Moisé António, de Angola, e o poeta Marcio Gleide apresentam trechos de sua literatura afro-paranaense. A Artista Izabel Oliveira apresenta performance literária “Passôs”, inspirada na dramaturga mineira Grace Passô. O cronista Richard Roch apresenta seus livros “Preto de alma preta” e “Maratonista do Quênia”. Aldo Moraes, de Londrina, fala um pouco da produção literária londrinense. A contadora de histórias, bonequeira e professora Samara da Rosa Costa lê “Cada um com seu jeito, cada jeito é de um”, da professora doutora Lucimar Rosa Dias. Gláucia Pereira Apresenta sua pesquisa "Territorialidades negras em Curitiba/PR: ressignificando uma cidade que não quer ser negra". O Dr. Jurandir de Souza apresenta aspectos de suas pesquisas. Confira ainda o belíssimo projeto “Poesia, prosa e proezas", com Mimi Maria Lucia; o HQ "Sublime", de Márcio Roberto Garcia; cantigas de capoeira, com a Escola Abadá Capoeira - Prof. Idalina; criações da cordelista e palhaça Rosane Arminda Pereira; poemas da "pérola negra da poesia paranaense” Laura Santos, nas vozes de Will Amaral e Maureen Reis, bem como o poema Vozes-Mulheres, de Conceição Evaristo, na voz de Dany Paixão; e mais.No encerramento, em 28 de novembro, às 16h, será realizado o lançamento de mais um livro da Editora Humaita. A Dra Edicelia Maria dos Santos de Souza Apresenta o seu estudo "Educação escolar Quilombola: 10 estudos pioneiros no Paraná", com a participação do Movimento de Mulheres Quilombolas, falando sobre o protocolo de Consulta às Comunidades Quilombolas do Paraná, texto de referência, incontornável para quem deseja estudar e trabalhar em parceria com estas comunidades.A produção do FLAP deseja aos mestres e mestras saudações de axé e n’guzo! E uma saudação motumbá a todas as pessoas que participarem do evento.   Serviço:FLAP - Festival Literário Afro-paranaenseOnline, no site centroculturalhumaita.orgDe 20 a 28 de novembro de 2021Diversos horários.Gratuito.


via assessoria

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