Isabel Furini entrevista a escritora e pedagoga Célia Regina Gulisz

 

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Nossa entrevistada é a poetisa, professora e pedagoga Célia Regina de Assis Gulisz. Curitibana, nascida em 07/02/1962.   Em cursos: Habilitação para o Magistério IEP/PR; Pedagogia PUC/PR; Psicopedagogia CEP (Centro de estudos Psicopedagógicos); Deficiência Auditiva UFPR;  Coordenação pedagógica UFPR. Seus poemas foram publicados na Revista Carlos Zemek de Arte e cultura.


"Escrever é uma libertação."


Segundo a sua percepção esta época de pandemia é boa ou é ruim para a criação literária? Você se sente mais ou menos inspirada?

R: Vejo como um momento muito triste, de insegurança, medo. A minha produção está bastante instável, variando no dia a dia, acredito  que no meu caso afetou negativamente, pois fiquei muito assustada  com toda esta pandemia mundial, apesar de  amar escrever, houve momentos em que fiquei muito “ balançada”. Eu me  sinto inspirada, tenho ideias,  sentimentos que afloram, desde o início da pandemia, por exemplo, estou escrevendo sobre este nosso momento, tudo que aconteceu, como aconteceu, é um texto, monólogo , que estou gostando muito, principalmente por ser um tipo de produção , diferente da Poesia.


"Muitas Poesias nos levam a devaneios , nos emocionam, nos mostram um mundo melhor." 


Quando iniciou o seu interesse pela Poesia?

R: Vem de mais de 20 anos quando comecei a escrever em diários, cadernos e não parei mais.


Você gosta de interpretar poemas? Como se sente declamando?

R: Francamente não tenho muito esta prática mas gosto sim. Me sinto bem , gosto de colocar o sentimento da Poesia ao lê-la.


"Poesias são interpretações do mundo, da sociedade , da vida."

 

Vamos falar sobre títulos. Na sua opinião um poema precisa de título ou considera o título supérfluo? Como faz para escolher os títulos dos poemas?

R: Eu gosto de colocar títulos nas minhas Poesias, considero importante pois é um mini resumo da obra, na minha opinião.

 

Célia, alguns falam que a Poesia não tem utilidade prática, que não serve para o mundo de hoje. Qual é a sua opinião?

R: Discordo totalmente, Poesias são interpretações do mundo, da sociedade , da vida. Muitas Poesias nos levam a devaneios , nos emocionam, nos mostram um mundo melhor. Escrever é uma libertação.


Se você fosse obrigado a escolher um poema de sua autoria que represente o seu estilo, a sua voz poética, qual escolheria? 

R: Teria muitos, mas neste momento vou destacar um que se tornou  Música, e simplesmente amo. Está no meu canal do Youtube. Fiz para os meus netos, mas serve para qualquer pessoa que queira descrever o Amor em qualquer momento da vida.

 

E O AMOR CHEGOU

E o Amor chegou

Ele é verdadeiro

Ele é completo

Ele é por inteiro

E o Amor chegou

Veio pra ficar

Está decidido

Para sempre Amar

E o Amor chegou

Entrou no meu coração

Colore os meus olhos

Com a mais linda visão

E o Amor chegou

Descortina a maldade

Impõe a sua força

Espalha lealdade

E o Amor chegou

Ele é para todos

Ama Universal para

Combater o mal,

Sempre!

 

Fale um pouco sobre seu trabalho como Professora / Pedagoga. Você indica a leitura de poemas para seus alunos?

R: Sou uma Professora convicta, apesar de aposentada  amo meu trabalho para sempre. Lecionei por 40 anos e sei que nunca poderia ter sido outra coisa. Amo ser Professora, Amo ser Pedagoga e sempre gostei de trabalhar  com livros, notícias, também tive a oportunidade de trabalhar por 3 anos como Professora  de literatura para crianças , que foi algo fantástico e também trabalhei em um Farol do Saber por 2 anos e três  meses, amava estar entre os livros.

 

Quais são os projetos para o próximo ano?

R: Quero retomar meu livro, “ Devaneando sobre o Amor,”  fazê-lo rodar, pois após seu lançamento no ano passado com a pandemia, ficou tudo parado. Quero também ver se consigo alguém que cante as  minhas músicas , pois já compus 5 e também estão paradas...Quero terminar meu segundo livro de Poesias. Quero trabalhar como voluntária em alguma coisa, preferência com criança.



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