Isabel Furini entrevista o escritor e poeta George Abrão

 

Divulgação

           Nosso entrevistado é o escritor e poeta George Abrão. Ele nasceu em Jaguariaíva - PR, em 1949. Atualmente reside em Maringá, e é aposentado pela Caixa Econômica Federal. Em 1991, organizou e lançou o concurso “Histórias que Piraí Conta”, que depois se tornou um livrete com o mesmo título. Em 1992, em Piraí do Sul, editou o catálogo “Piraí de ontem, de hoje, de sempre”. Em 2000, já residindo em Maringá, publicou o livrete de poemas “Momentos”. Em 2004, participou do livro “300 Histórias do Paraná”. Em 2008 lançou, em Jaguariaíva, sua obra “Imagens da minha infância - Crônicas jaguariaivenses”, em benefício da APAE local. Em 2011 lançou o livro “Caixa de Causos”, em Curitiba; e “História da AGECEF no Paraná”. Em 2012 lançou “Caixa de Causos II”, em Curitiba e o livro “Sabores de Jaguariaíva”, escrito em parceria, em benefício da APAE/ Jaguariaíva. “300 causos de Jaguariaíva” (2013) escrito em parceria, em benefício da CASMI – Centro de Assistência Social Maria Imaculada, em Jaguariaíva. Em 2016, a antologia “Piraí de Antigamente”.


“Desde criança eu já gostava de rabiscar os meus poemetos. Depois na adolescência, na juventude, e na fase adulta, quando escrevia poemas, mas os guardava só para mim, ou às vezes, presenteava com eles as minhas namoradas e posteriormente a minha esposa.


Segundo a sua percepção esta época de pandemia é boa ou é ruim para a criação literária? Você se sente mais ou menos criativo?

R – A meu ver essa época de recolhimento involuntário, apesar da tristeza no mundo, foi excelente para a criação literária, pois o isolamento nos levou à introspecção. Para mim foi um período de reacendimento para criar meus poemas e minhas crônicas.

 

Quando iniciou o seu interesse pela Poesia?

R – Desde criança eu já gostava de rabiscar os meus poemetos. Depois na adolescência, na juventude, e na fase adulta, quando escrevia poemas, mas os guardava só para mim, ou às vezes, presenteava com eles as minhas namoradas e posteriormente a minha esposa.

 

Você gosta de interpretar poemas? Como se sente declamando?

R – Infelizmente não sou eloquente, a não ser com meus familiares e meus amigos.


 "Como escrevi no meu poema, no Dia da Poesia: ela é um linimento para as dores humanas,e um bálsamo para suas almas. Então a sua importância é vital."


Vamos falar sobre títulos. Na sua opinião um poema precisa de título ou considera o título supérfluo? Como faz para escolher os títulos dos poemas?

R– Muito embora o poema diga por si só do que se trata, considero o título importante, eu sempre escolho o título para depois desenvolver o poema.

 

George, alguns falam que a Poesia não tem utilidade prática, que não serve para o mundo de hoje. Qual é a sua opinião?

R – Como escrevi no meu poema, no Dia da Poesia: ela é um linimento para as dores humanas,e um bálsamo para suas almas. Então a sua importância é vital.

 

Se você fosse obrigado a escolher um poema de sua autoria que represente o seu estilo, a sua voz poética, qual escolheria? 

R – Sou um eterno romântico e apaixonado:

 

PARALELOS

(George Abrão)

 

Se eu quero, se você quer...

que se rompam os preconceitos, que caiam os tabus.

Se eu quero, se você quer...

que minhas palavras soem como poemas, e que suas palavras me seduzam.

Se eu quero, se você quer...

que meu beijo quente funda-se ao calor de seu beijo;

que eu morda seus lábios quando você morder meus lábios.

Se eu quero, se você quer...

que minha língua ávida percorra seu corpo ávido de prazer.

Que eu a possua totalmente, e que você, sem reservas, se deixe possuir.

Se eu quero, se você quer...

 

Fale um pouco sobre o Projeto que você e Daniel Mauricio iniciaram com o objetivo de divulgar o nome e o currículo dos poetas contemporâneos. Como nasceu? Abrange poetas contemporâneos do Paraná, do Brasil ou do mundo?

R – Esse projeto, que nos está sendo muito gratificante, surgiu de uma conversa que o meu irmão Daniel e eu tivemos. Falávamos sobre divulgação dos valores artístico e literários, onde muitos não são citados, permanecendo no ostracismo, muito embora sejam excelentes no que criam, e do nada nos surgiu essa ideia, que felizmente deu e está dando certo. Aliás, atendendo a alguns pedidos nós estamos divulgando também biografias póstumas dos nossos valores. Artistas nascidos no Paraná, ou aqui radicados.

 


Quais são os projetos para o próximo ano?

R – Antes de tudo: viver! Pois tenho alguns problemas graves de saúde, mas espero que com a Graça Divina eu sobreviva a eles, para fazer o que gosto: ler, escrever, criar! Currículo:

Nasci em Jaguariaíva - PR no dia 15 de fevereiro de 1949. Comecei meus estudos naquela cidade e lá estudei até o segundo ano do Curso Científico, concluindo-o no Colégio Rio Branco- Curitiba.

Sou casado, tenho um filho, uma neta e um neto. Atualmente resido em Maringá – PR.

Sou aposentado da Caixa Econômica Federal desde 1996. Escrevi nove livros solo (já publicados); três livros solo ainda não publicados; 02 livros em parceria (já publicados); editei e fui coautor de dois livros já publicados; fui coator de um livro já publicado; editei e fui coautor de um livro ainda não publicado.




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