Conversar pode mudar vidas: A urgência de falar sobre saúde mental

Foto: Freepik

Setembro Amarelo reforça a urgência de discutir saúde mental com responsabilidade, escuta qualificada e acesso a serviços de acolhimento. 
Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que mais de um bilhão de pessoas em todo o planeta vivem com algum tipo de transtorno mental, incluindo ansiedade e depressão. Todos os anos, 727.000 pessoas tiram a própria vida e há um número muito maior de pessoas que tentam suicídio, ainda segundo a OMS.  
Em meio ao avanço silencioso dos transtornos mentais e ao tabu que ainda cerca o sofrimento psíquico, o Setembro Amarelo convida à escuta empática, ao acolhimento responsável e à urgência de se falar sobre saúde mental com seriedade e sensibilidade. 
“Temos visto muito problema, principalmente com o ‘conversar’ de quem é leigo, as pessoas não sabem muito como lidar com essa questão da saúde mental e do próprio suicídio e acabam falando sobre coisas que geram estereótipos”, afirma Angelica Soraya Krzyzanovski, coordenadora do curso de Psicologia. Algumas expressões acabam surgindo e reforçando esses estereótipos, como reforça a professora. “Expressões como ‘depressão é falta de Deus’ e ‘vai buscar coisas que você gosta’, além de não ajudar quem está precisando, acaba gerando uma pressão ainda maior sobre essa pessoa.” 
A escuta, segundo Angelica, deve ser acolhedora e livre de julgamentos. “Você não precisa dar uma resposta para essa pessoa do que ela vai fazer com a vida dela. Você tem que acolher. Ela tem que entender que ali é um espaço que ela pode falar.” 
Importância da psicoterapia 
A coordenadora do Serviço Escola de Psicologia (SEP), Samanta Forti, reforça a importância da psicoterapia como espaço de prevenção e autoconhecimento, que é justamente uma das coisas que as pessoas menos se preocupam. “A maior importância da psicoterapia nesse momento é que a gente não tem uma doença ou uma patologia instalada, então é muito mais fácil a gente lidar com outras questões para evitar que isso aconteça de fato.” 
Ela destaca também que o espaço terapêutico é seguro e sigiloso. “É um lugar de sigilo, é um lugar que não tem julgamentos, é um espaço onde a pessoa de fato pode se sentir à vontade para trazer qualquer coisa que ela quiser.” 
Além dos atendimentos psicoterápicos, há também o Plantão Psicológico, voltado ao acolhimento imediato. “Se a pessoa não estiver se sentindo bem, ela pode ir lá, pode falar e fazer esse acolhimento inicial”, explica Angelica. “O Plantão Psicológico não é um atendimento recorrente, ele normalmente serve como um acolhimento e aí a gente encaminha para os setores responsáveis, caso seja necessário.” 
A campanha do Setembro Amarelo de 2025 tem como tema “Conversar pode mudar vidas”, e Angelica reforça que o suicídio é tratado como uma questão de saúde pública. “Quando a gente olha dados de mortes de adolescentes e adultos, o suicídio sempre está entre as principais causas de morte, além das causas acidentais. Então, de fato, é sim um problema de saúde pública!”.  
Ela também alerta para os riscos do excesso de informação nas redes sociais. “Boa parte das informações não são verdadeiras, são pseudociência, ou são de fato informações completamente equivocadas. Inclusive, uma das coisas que a gente também tem percebido é que muitas pessoas têm utilizado as redes sociais como forma de desabafo, e aí outras pessoas acabam fazendo comentários inadequados, que incentivam, por exemplo, o suicídio.”, conclui.  
 
Como buscar atendimento no UniBrasil 
 O Serviço Escola de Psicologia oferece dois tipos de atendimento: 
Psicoterapia recorrente (atendimento semanal): 
WhatsApp: (41) 3361-4310 
Após o contato, a pessoa é inserida na lista de espera. 
 
Plantão Psicológico (acolhimento imediato): 
Local: Bloco 8, 1º andar, UniBrasil 
Funcionamento: Atendimento presencial, com horários variados ao longo da semana. 
Horários do Plantão Psicológico: 
  • Segunda-feira: 13h às 19h 
  • Terça-feira: 9h às 19h30 
  • Quarta-feira: 14h às 20h40 
  • Quinta-feira: 17h30 às 19h30 
  • Sexta-feira: 14h às 19h 


via  assessoria

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