Quadros de asma, bronquite e pneumonia aumentam com a queda das temperaturas; fisioterapia respiratória ajuda a melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações.
O fim do mês de setembro marca também o fim do inverno, que dará lugar à primavera no dia 22. Mas, mesmo que a estação fria tenha ido embora, ela deixa alguns resquícios, como as doenças respiratórias, responsáveis por causar grandes complicações e incômodos à saúde de muita gente. Como o próprio nome sugere, as doenças respiratórias consistem em enfermidades que afetam os órgãos, tecidos e estruturas que compõem o sistema respiratório.
Elas podem atingir pulmões, diafragma, vias nasais, traqueia, garganta e outras estruturas.
Essas doenças são classificadas em crônicas e agudas e podem acometer pessoas de todas as idades. As agudas começam repentinamente, têm tratamento curto e podem ser curadas em pouco tempo, enquanto as crônicas têm início gradual, podem durar mais de três meses e normalmente exigem tratamentos prolongados. Geralmente, elas são originadas pela inalação de partículas contaminadas — vírus, bactérias, fungos e alérgenos — que atingem as vias aéreas. Ambientes fechados, mal ventilados e com aglomerações favorecem a propagação dessas partículas, além do contato direto com secreções ou superfícies contaminadas.
De acordo com a coordenadora do curso de Enfermagem do UniBrasil Centro Universitário, Angelita Visentin Gregorczuk, o inverno é o período mais crítico para o aparecimento desse tipo de enfermidade. “No inverno, as temperaturas mais baixas e a maior permanência em ambientes fechados e pouco arejados favorecem a propagação de microrganismos. Além disso, o ar seco é um fator agravante, pois resseca as mucosas respiratórias e reduz a barreira natural contra agentes infecciosos”, explica.
Para quem mora em grandes cidades, esse cenário é ainda mais preocupante. Populações urbanas estão expostas diariamente a poluentes provenientes de veículos, indústrias e queimadas. A exposição prolongada à má qualidade do ar aumenta os casos de asma, bronquite e câncer de pulmão, além de agravar doenças preexistentes. Angelita também aponta outro fator que pesa contra a população urbana no que se refere à saúde respiratória.
“Outra coisa é a importância da saúde emocional para prevenir doenças respiratórias. O estresse e a ansiedade podem enfraquecer o sistema imunológico, deixando o organismo mais suscetível a infecções.”
Fisioterapia é um importante passo no processo de recuperação
A fisioterapia tem papel fundamental tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças respiratórias. Segundo a especialista em
Fisioterapia Cardiopulmonar e professora do UniBrasil, Cintia Regina Félix de Oliveira, o trabalho vai além de exercícios específicos para os pulmões: envolve também o fortalecimento do sistema cardiovascular e musculoesquelético, ajudando o paciente
a ter mais fôlego para as atividades diárias.
De acordo com ela, a fisioterapia pode ser indicada para praticamente todos os casos de doenças respiratórias, de forma direta ou indireta. “Vamos pegar a asma como exemplo, nessa doença podemos trabalhar com exercícios, conscientização e fortalecimento dos músculos respiratórios, além da educação em saúde, para ensinar o paciente quais são os fatores de risco que podem exacerbar a doença e evitar que ele tenha esse tipo de quadro”, explica.
O atendimento pode começar logo após os primeiros sintomas ou junto ao tratamento médico. A fisioterapia atua de forma integrada, potencializando os efeitos da medicação e, em muitos casos, ajudando o paciente a reduzir a dependência de remédios no longo prazo. O objetivo é devolver qualidade de vida e autonomia ao paciente e, em alguns casos, é possível até mesmo que ele deixe de conviver com a doença.
“Após todo o planejamento do tratamento e a realização dos testes de reavaliação, muitos pacientes recebem alta. Então, encaminhamos esse paciente para fazer um exercício físico ou outra atividade que ele goste, para que ele possa se manter ativo. Ou seja,
nós conseguimos dar autonomia e melhorar a capacidade respiratória, cardíaca e musculoesquelética dele”, conclui.
Atendimento à comunidade
No UniBrasil, a Clínica de Fisioterapia oferece atendimento à comunidade. Pacientes interessados podem se inscrever na secretaria e passar por avaliação. Os atendimentos são agendados conforme a disponibilidade de vagas. Para mais informações e agendamentos, o contato é pelo telefone (41) 3361-4318.
via assessoria
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